Quão importante é a sorte no sucesso econômico? Nenhuma pergunta divide conservadores e liberais com tanta confiança. Como os conservadores corretamente observam, pessoas que acumulam grandes fortunas são quase sempre talentosas e esforçadas, mas os liberais também estão corretos ao apontar que muitas outras possuem essas mesmas qualidades e nunca ganharam muito. Recentemente, cientistas sociais descobriram que a sorte possui um papel muito maior em desfechos importantes na vida do que as pessoas imaginam. Em Sucesso e sorte, um dos autores mais vendidos e colunista de economia do New York Times, Robert Frank, explora as surpreendentes implicações destas descobertas para mostrar porquê os ricos subestimam a importância da sorte no sucesso – e como isso prejudica a todos, até mesmo os ricos.
Frank descreve como, em um mundo cada vez mais dominado pelo mercado do tudo-ou-nada, oportunidades de sorte e vantagens triviais iniciais frequentemente refletem em vantagens muito maiores – e enormes diferenças de renda – com o tempo, como falsas crenças sobre a sorte persistem, apesar de fortes evidências contra elas; e como mitos sobre sucesso pessoal e sorte moldam escolhas pessoais e políticas de forma prejudicial.
No entanto, Frank argumenta, que poderíamos diminuir a inequidade gerada pela sorte adotando políticas simples e não invasivas que liberariam trilhões de dólares a cada ano – mais do que o suficiente para reparar nossa infraestrutura desmoronada, expandir a cobertura de assistência de saúde, combater o aquecimento global e reduzir a pobreza, tudo isso sem demandar sacrifícios dolorosos de ninguém. Se isso soa implausível, você se surpreenderia em descobrir que a solução necessita de apenas alguns passos nada controversos.
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